Além de parecer um exótico esportivo, o modelo ainda é eficiente do ponto de vista energético. Pesa só 795 kg, tem coeficiente aerodinâmico baixíssimo, de 0,189, e baixo centro de gravidade (1.153 milímetros de altura).
Se for o caso – fugir das lentes de curiosos, por exemplo –, o XL1 acelera de 0 a 100 km/h em 12,7 segundos e alcança velocidade máxima de 160 km/h. O carro mede 3,89 metros de comprimento, 1,67 m de largura e 1,15 m de altura (um Porsche Boxster é 129 mm mais alto). Não é carro-conceito e sim de produção.
Vencer desafios faz parte do trabalho diuturno da indústria automotiva. No exterior o jogo é pesado e demanda investimentos maciços. Em especial quando se coloca a meta pública e ambiciosa de produzir um automóvel capaz de superar 100 km com apenas 1 litro de combustível. No último Salão de Genebra, a Volkswagen demonstrou que o seu XL1 foi além. Conseguiu, no ciclo europeu (NEDC) de consumo rodoviário, até 111 km com apenas um litro de diesel.
Nascido como L1, em 2002, de uma ambição de Ferdinand Piech, então presidente e hoje chairman do grupo, o carro é para dois passageiros, tem só 1,15 m de altura e incrível coeficiente aerodinâmico de 0,19. Trata-se de um híbrido plugável em tomada, do tipo em paralelo, que associa motor turbodiesel de dois cilindros (0,8 l/48 cv/12 kgfm) a um elétrico (27 cv/10,2 kgfm). Combinados, há perdas: 69 cv/14,3 kgfm. Com uso extensivo de fibra de carbono, pesa apenas 795 kg, apesar da massa adicional da bateria de íons de lítio. Espelhos laterais foram substituídos por microcâmeras.
Curiosamente, há semelhanças com o protótipo do Fusca, projetado por Ferdinand Porsche (avô de Piech): tração traseira, rodas bem finas e ausência do óculo traseiro. Autonomia no modo elétrico chega, em condições favoráveis, a 50 km e, na hora de abastecer, o tanque só leva 10 litros. Consumo tão baixo significa emissão de apenas 21 g/km de CO2, menos de 10% frente a um carro médio-compacto, como Golf ou Focus.
É TUDO DIFERENTE (Reportagem do carros.uol.com.br)
A experiência de dirigi-lo, nos arredores de Genebra, foi surpreendente. Portas abrem para cima, em movimento de tesoura. Em razão da cabine estreita, o acompanhante se senta um pouco para trás — a exemplo do Smart. Posição de dirigir é boa e a direção dispensa assistência graças a pneus estreitos como de motocicletas (115/80R15, dianteiros; 145/55R16, traseiros) e baixo peso do carro. Por essa razão também não existe servofreio. Assim, exige rápida adaptação do motorista, a exemplo de olhar e não achar o retrovisor interno. Duas pequenas telas em cores, das câmeras externas, estão bem colocadas em nichos nas portas e pode-se regular seu brilho em uso noturno.
No modo elétrico selecionável no painel, há tanto silêncio que se ouvem pastilhas de freio em atrito com os discos. A saída é com motor elétrico (mais eficiente ao tirar o veículo da inércia), porém maior solicitação do acelerador aciona o propulsor a combustão, automaticamente. Sua agilidade é suficiente no dia-a-dia, um pouco menos na estrada, apesar da excelente aerodinâmica.
*Fonte: Carros UOL e vwvortex.com